segunda-feira, outubro 30, 2006

Somos a principal causa de estarmos como estamos

Caros colegas e todos os outros que directa ou indirectamente recorrem aos serviços de enfermagem.

Temos pena que qualquer movimento ou iniciativa nesta área suscite tão pouco interesse e tão fraca participação.
É provavelmente por esta falta de dinamismo que cabe a cada um de nós a culpa de estarmos na situação que estamos, mais precisamente, salários míseros e sem carreira.
Era muito interessante definirmos por exemplo novas formas de nos manifestarmos numa grande greve de enfermagem.
Como todos sabemos qualquer greve feita dentro dos serviços só nos prejudica a nós, descontos em dias de férias, salários e trabalho a dobrar. Ao contrário por exemplo dos professores que fazem greve e os pais ficam sem ter onde por as suas crianças.
Achamos que está na hora de fazer algo "bem feito", cortar estradas, parar transportes públicos, fechar a assembleia, ou outras formas que gostaria que encontrássemos. Era então importante que pensássemos todos juntos em novas estratégias de luta. Depois poderemos propo-las aos sindicatos ou partirmos mesmo para uma organização mais avançada, mas para isso é importante sermos unidos e sermos muitos.
Agradecemos que enviem este mail a todos os vossos conhecidos e que enviem as vossas sugestões de forma a serem publicadas no blog: www.movenfermagem.blogspot.com e reuni-las de forma a tornarmos consistentes as nossas ideologias e formas de luta.
Também é importante partilharmos artigos, temas, dúvidas e novidades uns com os outros e esta poderá ser uma forma de o fazermos, mandem o que bem entenderem de interesse, para este mail e depois será publicado e será passível de ser comentado e lido por todos.

Obrigada pela vossa atenção e esperamos que muito interesse

Enfermeira no movimento enfermagem

domingo, outubro 29, 2006

Tratamento de doentes e não de doenças

O Atenuar da Dor

Controlo de sintomas, comunicação adequada, trabalho em equipa e apoio familiar são os ingredientes necessários para ajudar a dar o máximo de conforto, qualidade de vida e uma morte digna a qualquer ser humano. Uma realidade que é para uns uma descoberta, para outros um profundo desconhecimento ou até um profundo desinteresse.
Raras são as pessoas que gostam de falar sobre este assunto, outras há que quando o fazem, benzem-se, há até quem bata na madeira, mas a verdade é que ninguém está livre, sejam novos ou velhos: falamos da morte. Nunca sabemos quando é chegada a altura, ou se temos direito a uma morte rápida e, se possível, não dolorosa. Assusta pensar no assunto, lembra-nos a vulnerabilidade do ser humano e como nada somos perante tal facto.
Mas os números não mentem e só em Portugal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “morrem cerca de 105 mil pessoas por ano”.
Os casos de doentes com doenças terminais, não se lhe retira a condição de ser um cidadão de plenos direitos porque, acima de tudo, “nós olhamos aos problemas que o doente apresenta e estes variam de doente para doente, de condição para condição e de família para família. Os cuidados são muito personalizados e aquilo ao qual somos sensíveis é ao descontrolo dos sintomas que o doente apresente e as suas causas de sofrimento (físico, psicológico, espiritual, existencial). E estamos muito atentos a isso. Afinal, nós não tratamos doenças mas sim doentes e o que para nós importa é aquilo que trás sofrimento aquela pessoa naquele momento e é isso que procuramos aliviar”

Amassar medicamentos 'pode ter efeitos graves'

Trata-se de uma noticia que vale a pena ler, por vezes na tentativa de ajudar podemos estar a prejudicar:
Amassar remédios para torná-los mais fáceis de engolir pode causar efeitos colaterais graves e até 'ser fatal' em alguns casos, segundo alertam especialistas farmacêuticos e advogados.

Eles dizem que os remédios são revestidos em cápsulas especiais que afetam o modo como o medicamento é assimilado pelo corpo. Ao se destruir o revestimento, prejudica-se, portanto, o processo de assimilação do remédio.
Se calcula que 60% dos idosos tenham problemas para engolir remédios e que muitos dos enfermeiros amassam os medicamentos para ajudá-los.
Medicamentos que não devem ter seus revestimentos modificados incluem o tamoxifeno, que previne o câncer de mama e o anestésico morfina, entre outros.
Negligência
Ao se romper o invólucro do tamoxifeno, a pessoa pode respirar o medicamento, o que pode ser particularmente perigoso se ela estiver grávida.
No caso da morfina, uma absorção muito rápida pode ser fatal.
Os efeitos colaterais verificados quando se amassa a nifedipina, remédio para angina e pressão sangüínea, são tontura, dor de cabeça e um risco maior de ataque cardíaco.
O grupo de especialistas, patrocinado pelo grupo farmacêutico Rosemont – fabricante de medicamentos líquidos - diz que médicos e enfermeiros que amassem ou incentivem familiares de pacientes a amassar remédios podem ser acusados judicialmente de negligência.
Eles dizem que existem alternativas para pacientes com problemas para engolir medicamentos, como remédios em forma líquida ou para serem inalados.
... e não fala este artigo das combinações que se fazem, medicamentos que revestidos não interagem, mas sem revestimento ou descapsulados????

quinta-feira, outubro 19, 2006

Se fosse só a ARS do Algarve!!


ARS do Algarve desrespeita enfermeiros
A Administração Regional de Saúde do Algarve tinha-se comprometido, numa reunião, a 21 de Setembro, com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a integrar, a partir de 1 de Novembro, dois enfermeiros em vez de um – como acontece actualmente – no turno da noite dos Serviços de Atendimento Permanente de Loulé e de Vila Real de Santo António.No entanto, ao tomar conhecimento das escalas de serviço, o sindicato apercebeu-se de que, afinal, manteve-se apenas um enfermeiro naquela escala, contrariando o que tinha sido acordado.À semelhança do que aconteceu com as obras no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, «o Conselho de Administração da ARS do Algarve está a dar provas de que não aplica soluções que tem ao seu dispor para melhor servir a população, com graves consequências para a saúde dos utentes», acusou o sindicato.
O que vale é que o sindicato, ficou muito descontente e foi muito "duro" com a ARS e enviou-lhes logo um oficio!!
Vejam bem este acto de coragem, esta medida parece-me demasiado cruel e que vai fazer a ARS tremer e de certeza que amanhã já vão alterar a decisão!! :
O SEP, descontente com este facto, atesta que “o CA da ARSA está a dar provas de que não aplica as soluções que tem ao seu dispor para melhor servir a população e, mais uma vez, com graves consequências para a saúde dos utentes”, refere no mesmo comunicado. De mencionar ainda, que o SEP já enviou ofício à ARSA, a exigir o cumprimento do que ficou acordado, bem como a pedir um esclarecimento sobre os fundamentos da mudança de opinião.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Altos níveis de vitamina D podem ajudar a tornar mais lenta a progressão do cancro da mama.

Altos níveis de vitamina D podem ajudar a tornar mais lenta a progressão do cancro da mama.
Os especialistas do Imperial College de Londres verificaram que as doentes que tinham cancro da mama em estado mais avançado apresentavam níveis muito mais baixo de vitamina D. Os dados constam de um estudo publicado hoje no "Journal of Clinical Pathology".

Carlo Palmieri, que liderou a equipa de investigadores, conclui que "muito provavelmente esta vitamina terá um papel importante na evolução da doença".

Estudos anteriores sobre o cancro da mama tinham já provado haver uma maior incidência em mulheres que vivem em maior altitude ou que se expõem pouco ao sol.

A vitamina D está presente no leite, no óleo de fígado de bacalhau e nalguns peixes gordos, e o corpo humano consegue produzi-la quando exposto à luz solar. Testes laboratoriais têm mostrado também que a vitamina D consegue ter um papel importante ao impedir a divisão celular das células cancerosas.

http://www.rr.pt/noticia.asp?idnoticia=178082